Principais Atrações em Portalegre que Vale a Pena Conhecer

No norte do Alentejo, a uma curta caminhada da fronteira com Espanha, Portalegre é uma vila de montanha na cúspide da Serra de São Mamede. Este local tem uma longa tradição têxtil, e na década de 1940 começou a tecer tapeçarias ao mais alto. Normas europeias.

No começo da década de 1920, José Régio, o eminente escritor português mudou-se para Portalegre, onde iria permanecer pelos próximos 34 anos. 

Vamos explorar o que há de melhor para fazer em Portalegre:

  • Museu da Tapeçaria de Portalegre

A tecelagem trata-se de um artesanato local em Portalegre, desde a Idade Média, contudo o empresário Guy Fino e o tecelão Manuel do Celestino Peixeiro inventam uma nova técnica de tapeçaria na década de 1940, que se chama Ponto de Portalegre com um estilo muito próprio.

Será, aqui, importante referir que o rés-do-chão do presente museu exibe os primórdios da Fábrica de Portalegre e as suas técnicas.

No 1.º andar, há exemplos dessa forma de arte, onde são apresentando alguns dos tecelões habilidosos que executaram o seu comércio na cidade nos últimos 70 anos.

  • Catedral de Portalegre

Tendo sido encomendado pelo Rei João III, no século 16, onde costumava ficar uma antiga igreja medieval, agora fica a catedral da cidade um Monumento Nacional.

O aspeto atual do interior é do final do século XVIII, aquando do recebimento de uma reforma neoclássica. 

Porém, ainda podem ser vistas coisas dos séculos XVI e XVII.

Mais notável, é que esses são os púlpitos de mármore branco e os 96 painéis pintados que datam entre os anos 1500 e 1600.

  • Museu Municipal de Portalegre

Num prédio do século 16 que costumava ser o seminário diocesano fica agora o museu municipal da cidade.

Há uma escultura indo-portuguesa de marfim de Maria, um pedestal de missal japonês do séc. XVI e um retábulo da mesma época com passagens bíblicas em terracota policromada.

Quanto ao resto da coleção, pode estudar caixas de rapé de prata, faiança fina e móveis.

  • Casa Museu José Régio

O célebre escritor do século XX, José Régio, terá passado grande parte da sua vida adulta, entre 1929 e 1961, neste casarão da vila, acabando por o tornar “Portoalegrense” por adoção.

No início o Régio alugava apenas um quarto aqui, mas era ávido colecionador de tudo, desde pintura à escultura, têxteis, cerâmicas e móveis, e com o tempo o seu tesouro tomou conta de toda a propriedade.

Ele doou essa coleção para a cidade, que comprou sua casa e a transformou em um museu.

A casa está como era quando ele morava aqui, e há um centro de estudos para quem pesquisa o seu trabalho.

  • Convento de São Francisco-Fábrica de Cortiça Robinson

Numa embalagem irá encontrar um convento do século 13 e uma fábrica de cortiça mais recente.

A igreja conventual apresenta decoração de todos os movimentos desde a Idade Média, e possui altar e sarcófago renascentistas. Murais maneiristas revestem as capelas da nave e azulejos barrocos e dourados adornam a capela-mor.

Em 1848, o industrial inglês George Robinson instalou a sua fábrica de cortiça numa das alas do convento, e as duas chaminés ainda dominam o local.

Poderá realizar uma visita guiada e aprender com os artigos de cortiça, concebidos nesta fábrica, que deram a Portalegre um impulso económico no século XIX.

  • Convento de São Bernardo

Talvez a imagem mais fotogénica de Portalegre sejam as paredes ocre e brancas deste convento e a praça de paralelepípedos, bem como a fonte em frente.

O convento, datado de 1500, foi fundado para albergar “donzelas sem dote”. 

Foi concluído pelo escultor francês Nicolas de Chantereine.

O presente prédio é gerido pela Guarda Nacional da República desde a década de 1980, porém as visitas são permitidas.

  • Convento de Santa Clara

O convento do século XIV, agora utilizado pela biblioteca da cidade, trata-se de um outro dos monumentos nacionais de Portalegre.

Foi concluído durante o reinado de 16 anos do rei D. Fernando I (1367-1383) e acredita-se ser o único claustro em Portugal dessa época.

O convento encontra-se cercado por 2 camadas de galerias, enquanto o seu jardim sereno no meio tem uma fonte de mármore do século XVI.

Por outro lado, a biblioteca alberga exposições ocasionais de arte e história, que podem igualmente justificar alguns minutos.

  • Plátano do Rossio

Na verdade, e aquando o sol do verão está forte, existe somente um local para se estar nas ruas de Portalegre.

É o Rossio, devido à imensa tanchagem que faz sombra na boa parte da praça.

Isso foi plantado em 1838 pelo botânico Dr. José Maria Grande, e com carinho sobreviveu até hoje.

O dossel é naturalmente vasto, chegando mesmo a atingir 30 metros de diâmetro, e como os galhos deixaram de suportar o seu próprio peso, foram por isso sustentados por pilares.

Miradouros

  • Miradouro de Santa Luzia

Com terreno elevado nas três direções de Portalegre existem alguns lugares para sair do automóvel e admirar a cidade à distância.

O melhor deles é o Miradouro de Santa Luzia (não confundir com o de Lisboa), que fica a caminho da vila do Salão Frio.

Daqui e com uma altitude de 679 metros, descobre-se um panorama pleno de Portalegre e dos seus monumentos.

  • Miradouro encosta da Serra da Penha

Outro fabuloso miradouro encontra-se na encosta da Serra da Penha a poente, onde se encontra junto aos degraus da Capela de Nossa Senhora da Penha do século XVII e avista Portalegre de perfil do outro lado do vale.

Pontos turísticos pela cidade

  • Castelo de Portalegre

O castelo de Portalegre fica na parte mais antiga de Portalegre e sobe por cima de uma teia de ruas estreitas.

Foi cercado algumas vezes nas crises dinásticas e nas guerras civis dos séculos XIII e XIV.

Na verdade, não resta muito, com exceção de um fragmento da torre onde uma moderna moldura de madeira e vidro foi construída.

As ruas à sua volta merecem um passeio pelas suas paredes caiadas de branco elegantemente gastas com enfeites coloridos.

Existem igualmente cinco dos sete portões da cidade originais sobreviventes, sendo o mais digno de fotografia a Porta de Alegrete do século XIII.

  • Ruínas Romanas de Ammaia

No exterior, existe efetivamente muito para ver, tal como o portal da cidade, os vestígios do fórum e do templo, uma grande villa (conhecida como Quinta do Deão) e banhos termais.

Muitos desses vestígios só vieram à tona recentemente, quando o local foi escavado pela primeira vez na década de 1990.

Mas existe igualmente um pequeno museu no local com uma apresentação de vídeo e exposições de joias, utensílios, cerâmicas e vidro soprado.

  • Parque Natural da Serra de São Mamede

Trata-se de um dos locais mais selvagens da Europa Ocidental e que serve de habitat de espécies raras, nomeadamente, aos linces ibéricos e ao lobo ibérico, assim como os morcegos, javalis e milhares de veados.

Há bosques de sobreiros, eucaliptos, pinheiros e castanheiros para caminhadas ou passeios de bicicleta, e vestígios de culturas pré-históricas nos megálitos e pinturas rupestres.

Do cume pode ver a Espanha e até a Serra da Estrela de Portugal, a 150 quilómetros para o norte.

  • Marvão

A cidade fronteiriça de Marvão, um lugar incrível a todos os níveis.

Encontra-se num penhasco estreito com 800m de altura no topo de gigantescos penhascos de quartzito, sendo cercado por paredes.

E essas mesmas defesas acabam por atestar séculos de conflito entre Portugal e Espanha, tendo sido reforçadas ainda no século XIX.

As paredes contêm um emaranhado estreito de becos de paralelepípedos, passando por baixo de passagens abobadadas e guiando-o a saliências onde as paisagens montanhosas o deixam sem palavras.

Conclusões

Muito há para ver e apreciar em Portalegre, como também a sua gastronomia que nos encanta, tal como a lampreia de Portalegre e o Toucinho do céu.

Não deixe de visitar tantas belezas que acabam por retratar o nosso Portugal!
Aprecie os passeios!